Nos últimos cinco anos, a fatia dos terminais portuários de uso privado na movimentação de contêineres subiu nove pontos percentuais
Os terminais portuários de uso privado (TUPs) se destacaram na movimentação de contêineres no terceiro trimestre e alcançaram 40,1% de participação nesse tipo de carga, segundo números da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Nos últimos cinco anos, a fatia dos TUPs na movimentação de contêineres subiu nove pontos percentuais. Caso o ritmo de crescimento verificado em 2023 se mantenha, os terminais privados vão superar os portos públicos em até três anos, conforme estimativa da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP).
“Essa expectativa se fortalece quando observamos as perspectivas de novos terminais, já autorizados para movimentar contêineres, como a Imetame no Espírito Santo”, diz o presidente da ATP, Murillo Barbosa.
Entre julho e setembro, foram movimentados 1,2 milhão de TEUs (equivalentes a um contêiner de 20 pés). De acordo com Barbosa, a movimentação de cargas conteinerizadas desempenha um papel crucial no cenário global do transporte de mercadorias.
“A utilização de contêineres oferece eficiência logística, segurança e versatilidade, tornando-se uma escolha preferencial para o transporte de mercadorias de alto valor agregado. Nesse cenário, os TUPs têm alcançado grande evolução de resultados, como atestam os números do terceiro trimestre”, afirma.
Os portos públicos — como Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Paranaguá (PR), Suape (PE), Aratu (BA), Rio Grande (RS) — são administrados pelo Estado e têm seus terminais específicos operados pelo setor privado. São como um shopping center, em que a gestão de responsabilidades comuns (acesso terrestre, dragagem de canais aquaviários, segurança) é estatal e as lojas (os terminais) são privadas.
No caso dos TUPs, tudo é privado — inclusive essas responsabilidades citadas, como dragagem e acesso terrestre.
Entre os 11 TUPs que movimentaram contêineres no terceiro trimestre, cinco associados da ATP se destacaram: Portonave (SC), Itapoá (SC), a DPW (SP), Chibatão (AM) e o Terminal Portuário de Pecém (CE). Juntos, os terminais movimentaram 95,2% do total de contêineres transportados por meio dos TUPs.
Fonte: CNN Brasil, publicada em 11/12/23.