A VLI, empresa especializada em operações logísticas que integram atividades de ferrovias, terminais integradores e portuários, passa a contar com uma ferramenta tecnológica para gerenciar a manutenção da via férrea. Desenvolvido desde 2011 pela equipe de supervisão de Tecnologia de Processos de Via Permanente da empresa, o SMV (Sistema de Monitoramento de Via) agora dá suporte à tomada de decisões sobre a programação de conservação da malha.

De acordo com o supervisor de Tecnologia de Processos de VP, Maurício Sotero, o sistema nasceu da necessidade de priorizar as atividades em função da grande extensão da via da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), malha sob concessão da VLI, com mais de 8.000 km de extensão. "Com o SMV podemos identificar e definir quais tarefas são prioritárias em função do nível de importância e também quais são os locais e tipos de serviços que devem ser executados na via".

Origem das informações
O sistema é alimentado com as informações obtidas por intermédio de três tipos de inspeções. A primeira verificação ocorre por meio da ronda dos colaboradores que utilizam computadores móveis para informar os defeitos encontrados na via, como, por exemplo, fixação deficitária, necessidade de troca de dormente ou ocorrência de trilho desgastado. Além de tirar fotos, o aparelho, que é dotado de GPS, aponta a latitude e a longitude do local exato da imagem, o que facilita a localização da ocorrência. A segunda maneira de coletar as informações é por meio do carro controle, um veículo ferroviário que conta com sensores que medem a geometria da via. Os dados dessa verificação são exportados para o sistema. O terceiro tipo de inspeção envolve a utilização de caminhonetes rodoferroviárias dotadas de sistema de ultrassom que detecta as trincas internas nos trilhos.

"Com o levantamento das informações, o software gera uma pontuação de acordo com a criticidade das imperfeições apuradas. Assim, é elaborado um ranking das ocorrências para que seja realizada uma programação da manutenção de acordo com a prioridade das falhas identificadas na via. Dessa maneira, temos uma ordenação mais assertiva na manutenção", detalha Sotero. Segundo ele, para realizar o cálculo de prioridade é levado em consideração o tipo de defeito, sua intensidade e a sua localização.

Ao mesmo tempo, o sistema também permite acompanhar os parâmetros da operação ferroviária que podem alterar a qualidade da malha, como a tonelada bruta operada e as velocidades de tráfego. "Com base nessas informações, podemos descobrir a taxa que a bitola aumenta de acordo com tráfego realizado. Dessa forma, a manutenção tende a ser cada vez mais preventiva e preditiva, já que será possível identificar o melhor momento para atuar na via", declara Sotero.

Resultado
Antes da realização desse projeto, como era necessário consultar várias fontes que se encontravam dispersas e não sincronizadas, os maiores problemas eram o atraso frequente da programação e o alto custo do processo.

Com o módulo de inspeção, em cada uma das 21 supervisões, a redução do tempo médio semanal de programação passou de 4h40 para 3h. Além disso, a média do número de pessoas alocadas semanalmente nessa programação caiu de 5,5 para 4,5. Esses ganhos somados contabilizaram uma economia de 1528,8 homem-hora gastos anualmente pela companhia nesse processo.

A estimativa é que com o desenvolvimento dos próximos módulos seja alcançado um ganho financeiro tangível com a redução dos custos de manutenção da via permanente da VLI. Também esperada uma melhor alocação dos recursos em função da otimização da programação da manutenção.

Sobre a VLI
A VLI é empresa de logística de carga geral que tem o compromisso de gerar valor ao negócio dos seus clientes por meio de serviços logísticos que integram portos, ferrovias e terminais. A VLI engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES). A bordo de uma frota de mais de 600 locomotivas e 13 mil vagões, a VLI transporta as riquezas do Brasil, passando pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

Fonte: Assessoria de Imprensa - www.vli-logistica.com

Joana Wightman
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