Representantes da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) participaram nesta terça-feira (24) de audiência com o novo ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro, e apresentaram temas prioritários para o setor, entre eles, qualificação do trabalhador portuário e melhorias nos acessos logísticos aos portos.
O ministro garantiu agilidade no atendimento às demandas. “O ministério é parceiro para a resolução de problemas e discussão de temas. Nossa ideia é ter soluções conjuntas, rápidas e eficazes”, afirmou. Ele manifestou ainda interesse pelo avanço do projeto Barra Norte. “Tem todo o meu apoio”, declarou Casimiro.
O projeto é coordenado pela ATP e tem como objetivo melhorar as condições de navegação pela Barra Norte do Rio Amazonas a partir de estudos e levantamentos precisos sobre os bancos de areias móveis da região e as condições da maré. A pesquisa é coordenada pela professora doutora Suzana Vinzón, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e contará com recursos provenientes de um convênio entre a universidade e a Secretaria Nacional de Portos para avaliar a possibilidade de navegação pelo arco lamoso da Barra Norte.
Outra ação importante do projeto, destacada na reunião pelo diretor-presidente da ATP, Murillo Barbosa, é o andamento de outro convênio entre a Marinha do Brasil e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) que irá realizar estudos batimétricos na região dos bancos de areia da Barra Norte.
“Queremos destacar a importância dos ganhos que serão gerados, principalmente para os setores de agronegócio e mineração, a partir da diminuição dos custos logísticos da navegação na região”, ressaltou Barbosa. Ele destacou ainda prioridades nos investimentos em infraestrutura no País, como BR-163, Ferrogrão e ferrovia Rio-Vitória.
Visão dos associados
“Um porto é tão eficaz quanto os seus acessos. Precisamos nos interconectar com outros modais”, avaliou o gerente de Relações Institucionais do Porto do Açu, Caio Cunha. Ele e outros conselheiros da ATP, que representam as empresas associadas, também participaram da reunião com o ministro.
“A participação dos TUPs (Terminais de Uso Privado) no agronegócio vai aumentar bastante. Temos importantes projetos na região Norte e apostamos no modelo de complexos ou shoppings portuários para atração de investimentos privados”, opinou o diretor de Portos da Cargill, Clythio Van Buggenhout.
“O agronegócio vai muito bem da porteira para dentro. Precisamos reduzir os custos logísticos e ter investimentos em rodovias, como a BR-163. A melhoria das condições para escoar a safra poderia significar em diminuição dos subsídios ao produtor, como ocorre com o milho”, avaliou o diretor de Relações Institucionais da Amaggi, Jorge Zanatta.
O gerente de Relações Institucionais e Regulatório do Porto Sudeste, Ulisses Oliveira, lembrou ainda da necessidade de investimentos nas obras de dragagem dos portos e aprofundamento dos canais de acesso. “No caso de Itaguaí (RJ), desde 2008 não há investimentos no aprofundamento do canal”, ponderou.
Joana Wightman
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