Evento, em parceria com a Conportos, detalhou metodologia e aplicação da Aresp
A Análise de Risco com Ênfase em Segurança Portuária (Aresp) foi tema de uma Live promovida pela ATP (Associação de Terminais Portuários Privados), em parceria com a Conportos (Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis), transmitida hoje pelo canal da associação no Youtube. O evento, com duas horas de duração, teve participação de cerca de 400 pessoas, mil visualizações e mais de 100 curtidas até o momento. Todo o conteúdo das apresentações está disponível no site da ATP.
O Presidente da Conportos, Delegado Marcelo João, explicou que a Aresp tem a previsão de ser implementada nos próximos meses por meio de resolução normativa. “Tivemos uma preocupação de desenvolver uma ferramenta de gestão adequada à realidade do Brasil e que considera os diversos tipos de carga. Longe de ser apenas uma obrigação, queremos agregar valor à segurança portuária”, afirmou o delegado. A ferramenta, segundo ele, vem sendo aplicada em portos de Santos (SP) e do Paraná.
Atualmente a legislação prevê que toda instalação deve cumprir um roteiro para elaboração do Plano de Segurança Portuário, que engloba as etapas de: Estudo de Avaliação de Riscos, Plano de Segurança Portuária e Declaração de Cumprimento, que é atestada pela Cesportos. Já a Conportos, é responsável por atestar que a instalação cumpre os padrões exigidos internacionalmente e autorizá-la a operar.
Metodologia e Aplicação
Entre os participantes da Live, o professor Felipe Scarpelli, agente da Polícia Federal, detalhou o escopo e a metodologia de aplicação da Aresp. “O grande desafio na elaboração da metodologia é trazer as questões técnicas e acadêmicas para os diversos tipos de terminais portuários atendendo ao ISPS Code e todos os normativos da Conportos”, apontou.
Segundo ele, a avaliação de riscos deve levar em consideração as ameaças à instalação, as prováveis vulnerabilidades e o cálculo das consequências de um incidente. A avaliação de proteção, com base em análise de riscos, é a premissa para elaboração do plano de segurança portuária.
O Comandante Paulo Barros, oficial da Marinha do Brasil na Conportos, por sua vez, explicou com é feita a aplicação prática da Aresp. “Atualmente, trabalhamos com uma planilha em Excel que permite que as instalações portuárias façam inserções ou exclusões que acharem necessárias”, explicou. O arquivo editável possui mais de 300 itens a serem avaliados e permite o preenchimento das notas de cada quesito. Os cálculos são todos automáticos. De acordo com Barros, a ideia é “tornar a interface mais amigável” e criar um aplicativo a ser disponibilizado futuramente.
O Diretor-Presidente da ATP, Murillo Barbosa, destacou a grande audiência do evento online que, até o final da transmissão, contou com mais de 300 participantes. “O assunto gerou muito interesse e tivemos satisfação de realizar o evento por meio da nossa parceria com a Conportos. Temos uma ótima relação que ocorre de forma transparente e com diálogo aberto para encaminhamento de pleitos, dúvidas e sugestões”, avaliou. Barbosa ressaltou ainda a atuação do Comitê de Segurança da ATP, que se reúne periodicamente para tratar de temas do setor e debater sugestões com a Conportos.
Joana Wightman
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