Destravar, potencializar e transformar os investimentos em setores estratégicos para o crescimento da economia brasileira. Esses foram os eixos traçados para o desenvolvimento do país em estudo apresentado na Conferência Visão 2035: Brasil Desenvolvido, realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na última terça-feira (20/3), no Rio de Janeiro.
“A maior lição trazida pela conferência foi a necessidade de planejar a longo prazo e este tem planejamento tem que ser do Estado, com diretrizes a serem cumpridas pelos governos federal, estadual e municipal” avalia o diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa, que participou do evento.
Os painéis da conferência abordaram a visão de diferentes representantes de segmentos econômicos, como trabalhadores, entidades de classe e governo. Apesar da grande desigualdade econômica e social entre as regiões do País, foi realizado um exercício de projeção de cenário com a volta ao crescimento médio de 2,8% ao ano de 2018 a 2035, considerando um crescimento médio de 3,5% ao ano para os estados das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste e de aproximadamente 2,5% ao ano para o Sul e Sudeste.
Nesse cenário, a participação da região Norte passaria de 5,5% para 6,2% do PIB nacional, a da região Nordeste subiria de 14,5% para 16,4%; a do Centro-Oeste iria de 10% para 11,2%, enquanto no Sul ela cairia de 16,9% para 16% e no Sudeste passaria de 53,2% para 50,3% do PIB brasileiro.
De acordo com o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, o panorama de investimentos da entidade de 2018 a 2035 prevê um montante de R$ 600 bilhões, com foco estratégico em projetos que gerem aumento da produtividade. “Precisamos de um modelo que atraia o capital privado para alavancar e transformar o Brasil com taxas de crescimento sustentável e distribuição de renda”, afirmou.
Debatedores e participantes da conferência concordaram que a discussão deve se basear nos fatores que afetam a competitividade brasileira, como o Custo Brasil- que está em torno de 30% sobre o preço do produto, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
“Precisamos que o empresariado tenha bons projetos que possam ser financiados. O BNDES tem recursos, mas muitas vezes falta articulação regional para a definição desses projetos e das prioridades”, aponta o diretor do BNDES, Carlos da Costa. Segundo ele, os estudos da entidade se concentram em três pilares: infraestrutura, modernização de plantas e parques industriais e ações sociais, que englobam as áreas de educação, saúde e segurança.
Joana Wightman
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