Aumentar de 18,5% para 40%, em cinco anos, a exportação do agronegócio por meio dos portos do Arco Norte. Esse é um dos objetivos do Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária Brasileira, apresentado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nesta quarta-feira (7/3), em Brasília. O sistema identificou as rotas de escoamento da produção agropecuária para auxiliar na gestão das demandas logísticas e gargalos do País.

“O sistema é de extrema importância para o segmento de infraestrutura do Brasil porque os dados vão subsidiar o planejamento de projetos para escoamento da safra e de produtos”, destaca o presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa. Ele comenta ainda que a proposta é eficiente pois contempla a origem da produção da matéria-prima, os locais por onde ocorre a transformação do produto (dos grãos em farelo, por exemplo), as cadeias de fornecimento e o escoamento da produção em direção aos portos.

O estudo fortalece o projeto Barra Norte, capitaneado pela ATP, porque fundamenta a importância da viabilização da navegação de embarcações de maior porte na região da Barra Norte do Rio Amazonas e com isso o aumento do transporte de carga por essa via até a chegada nos portos. “Trabalhar com bacias logísticas é a base do mapeamento territorial. Esse sistema de dados permitirá um diagnóstico mais preciso acerca da agropecuária brasileira a partir do mapeamento das rotas preferenciais dos municípios brasileiros. Assim, o produtor saberá qual o custo de cada uma delas”, apontou o pesquisador da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do sistema.

O novo sistema permite fazer o cruzamento de dados numéricos, gerar tabelas, gráficos e possui mais de 100 mil mapas dinâmicos. Além disso, possui dados cartográficos e georreferenciados dos modais logísticos utilizados, como rodovias, ferrovias, sistemas de dutos, portos, navegação fluvial e marítima. O banco de dados está disponível no site da Embrapa: www.embrapa.br/macrologistica.

Joana Wightman
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