Brasília, 5 de abril de 2018- O seminário “Desenvolvimento Portuário: do conceito à realização”, realizado em Vitória (ES), na última quinta-feira (5/4), discutiu, entre outros assuntos, a possibilidade de privatização da área portuária de Barra do Riacho, em Aracruz (ES). Na ocasião, o diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa, defendeu que o modelo para garantir os investimentos necessários no setor portuário de Vitória seria a implantação de um modelo condominial privado, abrangendo todas as estruturas e edificações.

“No modelo de privatização as necessidades de investimentos em infraestrutura são facilitadas trazendo ganhos de produtividade e desenvolvimento para toda a região. A liberdade de investir é a principal ferramenta da livre iniciativa. O Brasil precisa apostar mais nisto”, argumentou Barbosa.

A opinião dele foi um contraponto a proposta do presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Luis Cláudio Montenegro, que recomendou a instalação de um novo modelo administrativo, a partir da integração, seguida da concessão, de toda a área do porto organizado, onde estão incluídos cais, docas, pontes e píeres de atracação e de acostagem, armazéns e edificações em geral.

Para o diretor-presidente da ATP, a concessão não seria o melhor modelo e sim a privatização da área para impulsionar investimentos. Vale destacar que, em Barra do Riacho, está localizado o terminal privativo especializado, Portocel, associado à ATP e único porto do Brasil especializado no embarque de celulose.

O seminário sobre Desenvolvimento Portuário foi organizado pela empresa de dragagem Boskalis, de origem holandesa, que promove o Programa “Boskalis on the move”, um ciclo de palestras em diversas capitais do País sobre temas relacionados a obras de dragagem e serviços marítimos. O primeiro evento ocorreu no Rio de Janeiro, sobre o tema “Legislação de Dragagem no Brasil”.

Joana Wightman
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