Executivos dos três maiores terminais do mundo apresentam sua visão portuária para 200 convidados no evento promovido pela ATP
No último dia 26/10, três representantes dos maiores terminais portuários do mundo passaram a tarde expondo suas experiências sobre Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade – tema do 3º Encontro Anual da ATP. O evento em Brasília, reuniu cerca de 200 convidados, entre associados, parceiros e autoridades no assunto, dentre elas, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa.
Executivos dos três maiores terminais do mundo apresentam sua visão portuária para 200 convidados no evento promovido pela ATP
No último dia 26/10, três representantes dos maiores terminais portuários do mundo passaram a tarde expondo suas experiências sobre Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade – tema do 3º Encontro Anual da ATP. O evento em Brasília, reuniu cerca de 200 convidados, entre associados, parceiros e autoridades no assunto, dentre elas, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa.
“Espero que iniciativas como essas, que nos dão oportunidade de realizar um debate produtivo, sejam uma prática constante do setor portuário. Quero dizer que o setor pode contar conosco”, garantiu o ministro, parabenizando a iniciativa da ATP.
A consultora sênior do porto da Antuérpia, Tessa Major, deu início às apresentações com foco na sustentabilidade. Ela afirmou que o primeiro relatório de sustentabilidade do porto foi feito em 2010 e que já receberam reconhecimento internacional pelas práticas aplicadas. “Convidamos ONGs e demais partes envolvidas para apresentarmos nossos planos. Também acreditamos na mudança incremental”, afirmou. De lá para cá, algumas conquistas já apareceram, como a qualidade do ar. Segundo ela, uma melhora significativa em relação aos últimos 24 anos.
Peter Lugthart, representante da América do Sul do Porto de Roterdã, o maior da Europa, também falou de sustentabilidade. Disse que os desafios são grandes, haja vista que 50% do que entra pelo porto é líquido. Por isso concentraram seus esforços em duas ações: Reduzir o impacto de energia fóssil no meio ambiente e desenvolver um cluster de energia solar renovável. “Estamos pensando junto com os clientes no que é melhor a ser feito”, contou Lugthart.
Com o foco na inovação, Michel Bentley, diretor de planejamento de negócios e desenvolvimento das Américas da Dubai Port, afirmou que, para eles, a inovação é tão importante que há uma equipe no escritório responsável apenas por esse aspecto. “A inovação é crucial para o mercado brasileiro. Esperamos ver muito mais e acreditamos no potencial do Brasil”, salientou.
Para o anfitrião do evento, o diretor-presidente da ATP, Murillo Barbosa, a troca de informações entre os palestrantes e os associados foi enriquecedora. “Fomos muito felizes na escolha de Antuérpia, Roterdã e Porto Dubai. Passaram uma mensagem muito importante. Eles trouxeram para nós conhecimentos extremamente valiosos”, avaliou. “Nós crescemos muito nesses três anos e vamos crescer mais ainda como uma entidade de classe de referência do setor portuário”, concluiu.
A mesma avaliação teve a vice-presidente do Conselho Diretor da ATP, Patrícia Lascosque. Para ela, o evento agregou conhecimento e troca de informações. “Temos muito a aprender, mas também temos muito a ensinar. E isso ficou evidente hoje”, afirmou Patrícia.
A diretora-executiva da ATP, Luciana Guerise, afirmou que o evento atendeu a uma demanda da comunidade portuária. “A ATP veio para o mercado para ser uma associação diferente, inclusive nos temas que ela aborda. Um navio que atraca em um terminal portuário brasileiro atraca também num terminal internacional. Então, isso é prova de que nós não estamos longe em tecnologia, inovação e sustentabilidade”, explicou.
O moderador do debate e diretor-geral da Antaq, Adalberto Tokarski, acredita que a exposição dos palestrantes internacionais mostrou que o Brasil está no caminho certo. “A grande maioria dos terminais brasileiros já está utilizando instrumentos, tecnologia, todos os recursos para cada vez mais ter um menor impacto ambiental, buscando realmente esse processo de funcionamento com sustentabilidade. É sempre interessante percebermos o que está acontecendo lá fora para ficarmos mais seguros do que estamos desenvolvendo no Brasil”, afirmou.
Já o presidente do Conselho Diretor da ATP, Patrício Júnior, acrescentou que as políticas públicas precisam ser melhoradas para favorecer o cenário do setor. “Queremos ter condições, leis e políticas que garantam que o dinheiro dos nossos acionistas vai ter um retorno sem medo. Estabilidade política e legal é fundamental. Menos interferência do governo e mais ação do mercado”, afirmou.
PERCEPÇÃO DOS ASSOCIADOS
“Mais um evento de sucesso com bons palestrantes, boas matérias, e convidados bastante envolvidos. Chamou a atenção o envolvimento da Antaq, do Ministério dos Transportes com os assuntos que foram debatidos. Isso é muito importante para o crescimento do setor”, avalia Jorge Pessoa, Diretor de Operações do Terminal Portuário Cotegipe.
“Estamos felizes com o evento, que contou com a presença de todas as autoridades do setor, os principais fornecedores e os principais terminais portuários privados. Certamente a sustentabilidade, a inovação e a tecnologia estão presentes nos portos brasileiros, em especial nos portos privados, dos quais fazemos parte. Estamos passando por um momento importante hoje. O marco regulatório está sendo alterado, a lei dos portos passará por alterações, e esse é um cenário favorável para conversarmos justamente sobre inovação, tecnologia e sustentabilidade, pois é um tema que faz parte do co business das nossas empresas. Todos os nossos processos, todos os nossos desenvolvimentos dos novos projetos têm que estar ancorados nessas premissas. Sem o qual a gente não tem como se sustentar no futuro”, afirma Caio Cunha, Coordenador de Relações Institucionais e Responsabilidade Social Corporativa do Porto do Açu.
“A gente conseguiu trazer os três maiores players que nós temos hoje no segmento de porto e as autoridades representando o governo e as instituições reguladoras, onde pudemos bater um papo descontraído, mas muito responsável, no que diz respeito às mudanças que precisamos ter para que o Brasil continue crescendo na sua costa, no sentido de porto, de modal logístico, de movimentação de carga”, destaca Danilo Luccas, Gerente de Operações do Porto da MRN.
“O evento foi excelente para mostrar aquilo que o terminal de uso privado faz de diferente em termos de inovação, tecnologia e sustentabilidade mostrando realmente o diferencial competitivo do terminal, como se pode agregar valor para a sociedade, não apenas para os clientes dos terminais”, explica Bruno Dias, Diretor da Embraport.
“Os cases apresentados foram muito importantes. O Porto Pontal é um terminal novo e já engloba as propostas como as que foram apresentadas no seu arrojado projeto. Cito, por exemplo, que seremos o primeiro terminal automatizado da América Latina”, ressalta Ricardo Salcedo – diretor do Porto Pontal.
“A experiência internacional reforça o que já sabemos: os terminais portuários da porteira para dentro podem ser muito eficientes. No entanto, somos dependentes de uma infraestrutura robusta, e isso depende do governo que em algum momento precisa agir com mais celeridade para assegurar a plena capacidade operante dos portos”, observa Diego de Paula, Gerente Jurídico da Portonave.
“A ATP está consolidando seu aniversário no calendário do setor. Ficamos muito felizes com o resultado apresentado aqui hoje. As palestras que tivemos foram muito construtivas. Acreditamos que a ATP vai ganhando cada vez mais respeito e credibilidade, auxiliando os terminais privados que ela representa a alcançarem também o sucesso. Enquanto os terminais mantiverem essa capacidade de crescimento, o setor permite isso, a ATP também crescerá junto”, acrescenta Ulisses Oliveira, Gerente de Relações Institucionais e Regulatório do Porto Sudeste.
Joana Wightman
Coordenação de Comunicação ATP
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